quarta-feira, 30 de maio de 2007

Uma questão de honra

Texto Base: Ml. 1: 6-9

“O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível. Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos. Agora, pois, eu suplico, peça a Deus, que ele seja misericordioso conosco; isto veio das vossas mãos; aceitará ele a vossa pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos”

Introdução.

Na época de Malaquias, a vida era difícil, era um tempo de paisagens secas e concomitantemente de vida espiritual infrutífera. O povo aguardava ansioso pela prosperidade provinda de Deus, entretanto ela não vinha e muitos ficaram desiludidos e chegaram a culpar Deus pela situação que se encontravam. No entanto, Malaquias o profeta é levantado para anunciar o motivo de tais acontecimentos e os responsabiliza por sua falta de santidade, por causa da extrema pecaminosidade e de uma adoração corrompida.

1) Um tempo de frouxidão.

Como a vida era difícil, os maus sacerdotes desprezavam a mesa do Senhor ao aceitarem quaisquer tipos de ofertas ao Senhor, afirmando que seriam recebidas por Deus, pois ele iria compreender a situação de pobreza. O ofertante fazia o seguinte, ao chegar ao curral de seu rebanho separava aquele que era cego, coxo ou enfermo e oferecia ao Senhor. O pecado de Israel era sua oferta imunda, suja e desprezível, elas eram realizadas com animais inaceitáveis, doentes, com defeitos físicos e alguns até moribundos. Ao terem essas atitudes estavam desprezando ao Deus que os criou, alimentou, sustentou e que os conduziu à terra prometida.

2) O pecado na hora da oferta.

O pecado dos sacerdotes e do povo em geral era o desprezo às coisas de Deus por considerá-las cansativas, enfadonhas e penosas;

“E dizeis ainda: Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o SENHOR dos Exércitos; ... assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o SENHOR” (Ml. 1:13).

3) A vida em pecaminosidade.

O problema era a vida do povo de Deus que estava repleta de transgressões, além das ofertas inaceitáveis, os homens divorciavam-se das mulheres da sua mocidade para trocar por estrangeiras, além disso, havia os pecados de feitiçaria, desonestidade, impiedade entre muitos outros, diante de tantas transgressões, de pecados, como é que Deus poderia dar a prosperidade?

4) A mensagem do profeta

Para piorar o povo quando se apresentava diante das autoridades civis da nação entregava ofertas, dádivas perfeitas e melhores que as ofertadas a Deus. Malaquias protesta contra isso dizendo; “suplicai o favor de Deus”. e Deus respondera; “Eu não tenho prazer em vós”. Por isso o profeta convoca o povo ao arrependimento, a uma purificação de sua adoração, a fim de obedecerem à lei e pagassem seus dízimos e ofertas integralmente, então os resultados mudariam e eles seriam abençoados com a prosperidade de Deus.

5) A invalidação da oferta.

A canseira, o desprezo, a oferta do dilacerado tudo isso remete a uma adoração capenga, anatemizada e por isso em sua palavra, o Senhor amaldiçoa o enganador;

“Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios” (Ml. 1: 14).

Conclusão.

O próprio Deus brada e protesta por meio do seu profeta Malaquias que a oferta era comparada a um “pão imundo” porque os próprios sacerdotes a consideravam uma mesa desprezível, detestável não o dignificando como verdadeiro Deus.

Caro betelita, por ser sacerdote do Altíssimo e fazer parte de uma geração que foi eleita por Deus, por pertencer a um povo escolhido, separado para ministrar adoração exclusiva a Deus é urgente, preponderante ofertar-lhe com o melhor de suas ofertas a fim de reconhecer seus infinitos atributos de santidade, de poder, de sabedoria, honrando-o com todo o ser e dignificando-o em tudo, como diz as escrituras;

“Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos” (Pv. 3: 9).

Portanto, a questão não é o dinheiro da oferta, do dízimo, do jejum, mas como é feita, pois o centro da adoração é a honra a Deus, acima de tudo.