quarta-feira, 30 de maio de 2007

Grupos pequenos - Parte IV - Superam diferenças


Introdução.

Jesus Cristo disse que nós (os discípulos) seriamos conhecidos pelo amor;

"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (Jo. 13: 34-35).

1. O amor deve ter consciência pura.

Leia a seguir o que o apóstolo Paulo diz em Romanos 14:
"Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu. Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster. Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu. Não seja, pois, vituperado o vosso bem. Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros. Não destruas a obra de Deus por causa da comida. Todas as coisas, na verdade, são limpas, mas é mau para o homem o comer com escândalo. É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar [ou se ofender ou se enfraquecer]. A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. “Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado”.

2. Os problemas dentro da Igreja.

O texto relata que havia 3 problemas básicos dentro da igreja;

1) Comida (certos alimentos);

2) Dias (provavelmente o sábado);

3) Bebidas.

Apesar de Paulo exemplificá-los o verdadeiro assunto transcende os conflitos acima citados. Ele fala do amor que supera as diferenças.

3. Como edificar uns aos outros.

Vejamos por um lado temos um irmão que julga ser forte e que Cristo esta acima de regras, por isso ele não observa as leis de comidas e dias festivos e por causa dessa posição implica e rejeita qualquer outra posição doutrinária. Por outro lado há o irmão que observa todas as regras de comidas, dias festivos e julga-se também forte e por isso fica encastelado em sua posição e com isso também rejeita o irmão que pensa diferente doutrinariamente. As duas posições que são antagônicas necessitam ser dirimidas por meio de um crescimento no amor, na empatia, na aceitação de um relacionamento envolvido pelo “ágape” (a amor de Deus).


4 – Reconhecer no outro que ele é alvo do amor de Deus.
Sabemos que Jesus Cristo morreu por toda a humanidade se entregando por amor, mas sempre haverá alguém que pensa diferente, tem linguajar diferente, se veste diferente (lembra-se da ministração – Quando temos que passar para o outro lado), por vezes parece a pior pessoa do mundo, pessoa que não queremos nos relacionar de maneira nenhuma. No entanto, para Cristo ela é muito valiosa e importante para Deus. Sinceramente será que temos o direito de menosprezá-la? Aquele por quem Cristo morreu?

“Por causa da comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu” (Rm. 14.15).

5 – Não devemos ter atitudes que façam o irmão cair.

Nossas atitudes devem sempre visar à edificação, o cuidado do outro e não pensar em nós mesmos, pois minha liberdade pode fazer com que meu irmão possa cair.

“Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair” (Rm 14.20-21).

6. O segredo: focar naquilo que é importante.

O Pai quer que transcendamos em alegria, gozo no espírito, que são os assuntos mais importantes do que as comidas, as bebidas ou dias de festas.

“Pois o Reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.” (Rm 14.17-18).

Portanto, não podemos tirar o foco daquilo que transcende nossos pensamentos, a alegria no Espírito, o verdadeiro amor que supera as diferenças.

7. Peça ajuda ao Espírito Santo.
Caso você tenha dificuldades neste assunto peça auxilio ao Espírito Santo, pois ele certamente te ajudará a discernir. Não seja você o motivo da discórdia, nem a pedra de tropeço aos irmãos.

“Façam todo o possível para viver em paz com todos” (Romanos 12.18).


CONCLUSÃO.

O Espírito Santo de Deus encoraja a nos edificarmos mutuamente. Imagine quando todos os cristãos se comprometerem a receber uns aos outros? Dialogando, orando pelas necessidades do outro, proferindo palavras de ânimo, amando incondicionalmente? Será uma revolução entre todas as gerações na humanidade.

Caro betelita, celebremos a unidade que esta em Cristo Jesus e este unidade deve estar marcada pelas evidencias da cruz. O fato é que o mundo não suporta desentendimentos, eles querem ver em cada um de nós verdadeiros discípulos de Jesus Cristo em caráter, retidão moral, na conduta irrepreensível, entre outros.

Quando trabalhamos em concordância, em harmonia, toda a Igreja é contagiada por esta atmosfera divina, pois as pessoas não são atraídas pelo palavreado erudito, rebuscado ou pelos vidros multicoloridos, porem pelo ambiente cativante do amor.

O coração de Betel (diga eu) fica repleto de pessoas, transborda de amor, se enche de compreensão, busca o relacionamento com as pessoas, quer fazer algo que as envolva nos braços do Pai. O verdadeiro amor sabe entender, ouvir, chorar, alegrar, compartilhar, apesar das diferenças.