domingo, 5 de julho de 2009

UMA PEDRA, UMA AMOREIRA E UM PEÃO
















Texto:
“Seria melhor que ela fosse lançada no mar com uma pedra de moinho amarrada no pescoço, do que levar um desses pequeninos a pecar. Tomem cuidado!” (Lc. 17: 2-3).

Introdução
Creio que você, caríssimo betelita, capela real de YHWH, está plenamente consciente que há requisitos muito seletivos para a entrada pelos Portais Eternos no Reino dos Céus.

Nesta ministração, iremos tratar de um dos muitos requisitos exigidos de um discípulo, porém de fundamental importância, o perdão.

Entretanto, esta exigência trará aliada consigo uma certeza inequívoca, haverá muitos que tropeçarão neste requisito e não poderão entrar.

Apesar de parecer tão insignificante, mas trará resultados eternos; a vida eterna, ou por outro lado a morte eterna.

A questão é sobre o perdão e a sua contrapartida a armadilha da ofensa.

Esses requisitos são mínimos e exigidos de um discípulo, Jesus declarou;

“...quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: ‘Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever’ ” (Lc. 17: 10).

Uma pedra, uma amoreira e um peão tratam sobre o dever de perdoar sempre, e do discípulo de Jesus Cristo não se ofender, não desejar o mal ao próximo, mas chegar ao ponto de amar até os inimigos declarados.

Como exemplo, lembra-se dos sons de alegres cantos, dos louvores em adoração e orações fervorosas ouvidas pelos detentos e um carcereiro à meia-noite num cárcere fétido, inferior de uma prisão na cidade de Filipos?

Eram Paulo e Silas, que haviam sido espancados injustamente e lançados numa prisão, naquela situação adversa demonstram fielmente o que esta sendo proposto. Eles simplesmente diante da ofensa desprezaram-na e louvavam fervorosamente a YHWH.

Os sons provindos daquele cárcere continuam ecoando em nossos corações, por mais de dois mil anos e representam cabalmente o que o Pai espera de seus verdadeiros filhos - nenhuma ofensa deve ser guardada nos corações (ler Atos 16: 11-40).

1. UMA PEDRA.

Jesus afirma que é inevitável (impossível) que o discípulo não venha a se ofender, vindo a tropeçar, devido a certas acusações, especulações maldosas, mentiras grotescas, sem qualquer fundamento.

Entretanto, quaisquer delas que forem aceitas em seu coração, serão motivo para que o discípulo de Jesus seja desqualificado para entrar no Reino dos Céus (???!!!!), diga comigo “uau...”

Observe comigo, Jesus foi crucificado no monte Calvário, tudo à sua volta apontava para que ele se sentisse injustiçado, pois foi maltratado, espezinhado, cuspido, ou seja, Jesus mais do que ninguém poderia ter o direito de orar a pedir que o Pai exterminasse todos os seus adversários, seus acusadores, entretanto, ele não o fez, por quê? Pois seu coração estava blindado para a ofensa, a difamação, ou o que viesse a mais.

Surpreendentemente sua reação às ofensas, calúnias foi interceder por eles, dizendo; “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lc. 23: 34).

Portanto, caso algum discípulo ACEITAR uma ofensa, por ela ser a mais infamatória possível, é melhor que amarre uma corda numa pedra e se lance de uma ponte bem alta, como a de Macau na China, dentro do mar para morrer afogado, pois ele permitiu que em seu coração gerasse a retribuição à ofensa e a retaliação.

2. UMA AMOREIRA.

A oferta de perdão deve ser pronta, imediata ao ofensor, deve ser observada pelos verdadeiros discípulos betelitas, pois estas podem gerar impedimento para a entrada no Reino Celestial. Jesus asseverou com propriedade;

“Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser ‘ Estou arrependido’, perdoe-lhe” (Lc. 17: 4).

Eu imagino, Pedrão e companhia Ltda. ao ouvirem Jesus dizendo isso e imediatamente balançarem as cabeças um para o outro e pensavam “Eu nunca, jamais levei desaforo para casa,... eu sou da seguinte opinião; olho por olho, dente por dente!”

Jesus tinha o “dom” de fazer com que os apóstolos pensassem... Após um silêncio que os acusava cada vez mais, chegaram a uma conclusão e disseram “Aumenta a nossa fé”, pois cada um sabia que não tinha controle suficiente para liberar perdão diante da ofensa.

A seguir, a resposta de Jesus é mais uma vez surpreendente, ele utiliza a ilustração de uma pequenina semente, veja;

“Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda” (Lc. 17: 6).

Jesus declara proverbialmente que se cada um buscar dentro de seu interior, uma fagulha de fé, de esperança, por minúscula que seja, que o Pai poderia potenciá-la e transformar as situações de ofensa, em um manancial de perdão ao ofensor.

Você diria, “Cara de barba” o que tem a ver com a amoreira citada por Jesus, que deve ser lançada fora e transportada para o meio do mar?

“Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: ‘Arranque-se e plante-se no mar’, e ela lhes obedecerá” (Lc. 17: 6).

Então tente ver comigo, certamente Jesus estava falando aos discípulos em meio a um bosque e apontou para uma planta da região a amoreira (do tipo; negra ou branca) que tem uma copa de 1,20 até 4,00 metros de altura, cujas raízes são tão profundas que podem viver até 600 anos.

Ora, Jesus se referiu à amoreira por ilustrar muito bem a questão das suas raízes, pois são muito difíceis de arrancar (como a ofensa), pelo emaranhado e a profundidade, como também pela sua proeminente altura.

Sabemos que um coração ofendido, fica amargurado, trazendo tristeza e sofrimento, abrindo a porta para os atormentadores. Ou seja, um pecado, gera outro pecado e assim sucessivamente, como diz;

“Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” (Jô. 8: 34).

Portanto, a planta citada amoreira tem implicações de fundo maligno (o pecado), espiritualmente falando, não deve ser permitida nem mesmo a sua semeadura em nossos corações, tão pouco que ela se enraíze, (apesar dos frutos serem doces) ela deve ser imediata e sem nenhuma piedade arrancada.

Caso não a desarraiguemos (arrancar as raízes da ofensa), ela poderá crescer, vindo a se tornar numa árvore frondosa (de ofensa), gerando frutos da tentativa de revide, ou de se pagar com a mesma “moeda”.

Por isso, tal discípulo não poderá entrar pelos Portais Eternos, pois não tem obedecido aos requisitos mínimos de perdão exigidos na constituição do Reino dos Céus.

Em nome de Jesus, arranque-a com raiz e tudo, lance-a no mar do esquecimento, onde é proibido pescar novamente.

3. UM PEÃO (BOIADEIRO).

Jesus, como Mestre dos mestres, ilustra com muita propriedade a figura de um peão (boiadeiro), observe;

“Qual de vocês que, tendo um servo que esteja arando ou cuidando das ovelhas, lhe dirá, quando ele chegar do campo; ‘Venha agora e sente-se para comer? ’“.

Amado e querido de YHWH, você acha que um peão, que passou o dia inteiro no pasto, em meio ao barro e às fezes de animais, cujas roupas estão cheirando a “CC vencido” e as botinas emporcalhadas de toda sujeira (estrume), se assenta na mesa finamente adornada do fazendeiro, o dono das terras?

De maneira alguma! Primeiro o peão irá se lavar, se recompor, trocar de roupas “fedidas” e usar um desodorante, somente depois ele irá assentar-se na mesa do banquete.

Assim Jesus descreve os requisitos mínimos exigidos para entrar no Reino dos Céus, pois o Pai Celestial (o fazendeiro) jamais permitirá que seu discípulo (peão) entre com suas roupas sujas (pecados) com a falta de perdão, com raízes profundas de ira, falta de perdão instaladas no seu coração. Para Ele estas sujeiras são inadmissíveis em seu banquete Eterno.

Conclusão.

Amado betelita, meu filho, o perdão e a blindagem contra a ofensa são requisitos fundamentais para a admissão no Reino dos Céus.

Em outras palavras, o que dá verdadeiro “Ibope” nos céus é nos formatarmos (tomar a forma) de Jesus Cristo, em sua vida, comportamento e caráter.

Observe, como Jesus descreve os que são discípulos verdadeiros;

“Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão” (Mt. 7 : 17-20).

Será que você tem a semente de YHWH? Você tem sido verdadeira árvore de Justiça? Será que seus “frutos” tem sido; O amor? A alegria? A paz? A paciência? A amabilidade? A bondade? A fidelidade? A mansidão? O domínio próprio? (ver Gl. 5: 22-26)

Caso não tenha dado esses “frutos”, vou te dar uma péssima notícia! Com certeza suas reações de intolerância, de falta de perdão, de guardar ofensa de um irmão, não te farão entrar pelos Portais Eternos.

Não é à toa que Jesus faz citação da ofensa de um irmão (ler Mt. 18: 15-35), observe;

“Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores (atormentadores), até que pagasse tudo o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão” (MT. 18: 34-35).

Portanto, a escolha é sua... Uma pedra... Uma amoreira... Um peão ... Todos estão se referindo aqueles que estão guardando dentro dos corações o rancor, a ira, a falta de perdão, a ofensa, etc... E, como conseqüência enfrentarão “cara a cara” a Morte Eterna.

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São Bernardo do Campo (SP), 05/Julho/2009

Shalom Pr.Elizeu e Pra.Eunice;

A Palavra proclamada (acima) vem como unguento em nossos corações.

Amei a analogia da pedra, da amoreira e do peão em relação ao que a falta de perdão produz.

Nosso Mestre e Senhor conhece a nossa natureza e o quão importante para nós é praticar este instrumento, que de graça nos é oferecido por Ele.

Apesar de sua oferta gratuita, sabemos o quão resistente o coração humano pode ser diante de uma ofensa ou mágoa, contudo, louvado seja o Senhor pelo tremendo trabalho que o Espirito Santo tem realizado em nosso interior.

Que a noiva de Cristo tenha suas roupas alvejadas e se deixe envolver por todos os recursos já disponibilizados em Cristo Jesus para seu adorno.

Que dia após dia, YHWH encontre disponibilidade em seus corações para fazer Sua obra.

JACI.