sexta-feira, 6 de julho de 2007

O giro da roda

Texto base:

“O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes” (Is. 61: 1).

Introdução.

Dentro da soberania divina há uma ordem imutável e eterna estabelecida nas Escrituras: o Pai (Deus Pai), o Filho (Deus Filho) e o Espírito ( Deus Espírito Santo), ou em sua ordem seqüencial revelada, a primeira pessoa da trindade (Deus), a segunda pessoa da trindade (Jesus Cristo) e a terceira pessoa da trindade (Espírito Santo).

Jesus Cristo tinha um propósito grandioso quando veio a esta Terra, porém só foi possível concretizá-lo por sua atitude deliberada e voluntária de humildade e submissão perante a Trindade (seu grupo pequeno). Da mesma forma, Jesus Cristo requer de cada líder tenha este posicionamento de humilhação, serviço e santidade perante os discípulos que estiver formando.

1. Há uma ordem eterna estabelecida.

Esta ordem pode ser aquilatada nas Escrituras, veja o que relata o apóstolo Mateus;

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt. 28: 19).

Portanto é notório que há uma ordem estabelecida na divindade Eterna; O Pai – aquele que planeja todas as coisas, O Filho – aquele que executa os planos divinos e o Espírito Santo – aquele que dá continuidade a esses planos.

2. O princípio espiritual da humildade.

Apesar de seu posicionamento de honra perante a divindade Eterna, as segunda pessoa da trindade, Jesus deliberadamente assume a posição de humilhação, sua prioridade foi assumir um princípio eterno e irrevogável, estabelecido no reino espiritual;

“Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Lc. 14: 11).

3. O posicionamento declarado publicamente.

Em Nazaré sua cidade natal, num sábado Jesus entra na sinagoga e revela sua postura de humilhação perante os religiosos da época, ao afirmar que o Espírito Santo estava sobre ele (acima dele) e que foi uma decisão absolutamente consciente;

“E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc. 4: 16-21).

4. O apóstolo Paulo reafirma este princípio.

O apóstolo Paulo, movido pelo Espírito Santo, compreendeu o princípio de humildade e submissão que permeia todas as pessoas da trindade, observe;

a) A humilhação de Deus Pai.

A ordem com relação a dons espirituais ficaria assim constituída; 1º) o Espírito Santo – 2º) Jesus Cristo – 3º) Deus Pai, observe a seguir;

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito (Santo) é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor (Jesus) é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus (Pai) que opera tudo em todos” (I Co. 12: 4-6).

b) A humilhação do Espírito Santo.

A ordem com relação a bênção apostólica, ficando assim constituída; 1º) Jesus Cristo – 2º) Deus - 3º) Espírito Santo, como a seguir;

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém” (II Co. 13: 14).

c) A humilhação de Jesus Cristo.

A ordem por conta da servidão, humilhação e esvaziamento completo, ficando assim constituída; 1º) Deus – 2º) Espírito Santo – 3º) Jesus Cristo, como a seguir;

“Que, sendo (Jesus) em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Fl. 2: 6-8).

5. A humildade é a propulsão que movimenta as rodas.

Há, portanto, uma roda acontecendo dentro da trindade, onde cada um deles se posiciona em humilhação diante dos outros, nenhum quer ser maior que o outro.

Na visão de Ezequiel junto ao Rio Quebar há os quatro seres viventes, o rosto de homem, a cara do Leão, a cara do Boi, e por fim a cara da Águia.Todas as rodas giram e as asas se tocam ordenadamente, sempre em concordância e na mesma direção;

“E os seres viventes corriam, e voltavam, à semelhança de um clarão de relâmpago. E vi os seres viventes; e eis que havia uma roda sobre a terra junto aos seres viventes, uma para cada um dos quatro rostos. O aspecto das rodas, e a obra delas, era como a cor de berilo; e as quatro tinham uma mesma semelhança; e o seu aspecto, e a sua obra, era como se estivera uma roda no meio de outra roda. Andando elas, andavam pelos seus quatro lados ; não se viravam quando andavam” (Ez. 1: 14-17).

6. Os resultados da humilhação de Jesus.

Por Jesus ter considerado a trindade superior a ele mesmo, recebeu a recompensa da exaltação assentando-se sobre um trono de glória e o reconhecimento de toda a criação, observe;

“E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai” (Fp. 2: 8-11).

Ele se torna Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, assentado em grande majestade e glória.

Entretanto em relação aos homens recebeu autoridade para (Is. 61: 1-2);

a) Levar boas notícias aos pobres;

b) Cuidar dos que estão com o coração quebrantado;

c) Anunciar liberdade aos cativos;

d) Autoridade para libertar das trevas os prisioneiros;

Conclusão.

Betelita, você realmente é discípulo de Jesus Cristo? Pois ele te ensina por demonstração pessoal que se deve viver em arrependimento e humildade (mesmo diante da trindade);

“Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt. 11: 29-30).

Os apóstolos não somente conheciam esta verdade imutável, mas viviam-na;

a) Devemos nos sujeitar uns aos outros;

“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” (Ef. 5: 21).

b) Devemos ter uma vida cristã irrepreensível e humilde;

“Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Ef. 4: 2).

c) Devemos amar incondicionalmente ao próximo,

“Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm. 12: 10).

d) Viver em humilhação diante de Deus;

“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte” ( I Pe. 5: 6).

Ora, se o que faz mover a roda na trindade é a atitude de humildade entre eles (Pai, Filho e Espírito Santo), então devemos ter a mesma atitude diante dos discípulos que estamos evangelizando, pois estaremos cumprindo fielmente o mandato do Senhor Jesus e vivendo o sobrenatural divino.

Betelita, hoje o Senhor Jesus te desafia a girar esta roda, esta engrenagem movida pela humildade, vivendo a mansidão, o serviço ao próximo, com humildade de coração.

“Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu (Jesus), porém, entre vós sou como aquele que serve” (Lc. 22: 27).